Cândido Lima
Compositor, pianista, organista, professor, cronista, crítico, divulgador, ensaísta e conferencista, Cândido Lima (Viana do Castelo, 1939) é diplomado em Piano e Composição pelos Conservatórios de Lisboa e Porto, Doutorado pela Universidade de Paris I (1975/83) e no quadro de um Doctorat d’État pelas Universidades de Paris
I e Paris IV (1983/2000). Frequentou cursos em Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, França, etc. Frequentou estágios e cursos de música electrónica, informática e informática musical nas Universidades de Paris VIII (Vincennes), Paris I-II (Paris-Sorbonne e Pantéon-Sorbonne) (1975/1978), no CEMAMu, em 1978 e anos seguintes, e no IRCAM (1981/1992). Foi bolseiro, durante anos, da Fundação Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura, e ainda dos Cursos Internacionais de Santiago de Compostela (1969). Colabora nas Enciclopédias das Edições Verbo desde 1972.
Presidente da Juventude Musical de Braga, foi animador e apresentador de concertos da Juventude Musical de Braga e do Porto, da Pró-Arte. Formou, nas décadas de 60 e 70 um duo com o tenor Fernando Serafim. Criou o movimento nortenho de viagens de estudo aos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, com o patrocínio da própria Fundação Calouste Gulbenkian.
Fundou, em 1973, o Grupo Música Nova, tendo apresentado pela primeira vez em Portugal compositores como Wilfried Jentzsch, Jean-Battiste Barrière, Kaija Saariaho, Pascal Dusapin e instrumentistas como Stefano Scodanibio. Colaborou na vinda a Portugal, ao Porto e a Lisboa, do IRCAM e do UPIC-CEMAMu (1982). Escreveu obras de música de câmara, para orquestra, coro e orquestra, coro, instrumentos solo, para voz e instrumentos, música para teatro, música electrónica, eletroacústica e por computador. As suas obras Oceanos e A-MÈR-ES, compostas entre 1978 e 1979, introduzem, pela primeira vez na música portuguesa, e na orquestra, meios informáticos e meios electroacústicos. As Edições do Atelier de Composição lançaram uma publicação sobre a obra do compositor, primeiro número da colecção Compositores Portugueses Contemporâneos. Pascal Dusapin dedicou-lhe a obra Canto (1995). Não constam do currículo nem prémios, nem medalhas, nem condecorações.